Durante um encontro com estudantes, Francisco optou por passar de imediato ao diálogo, explicou que não foi viver para a residência papal por "razões psiquiátricas" e disse que era dever de todos os cristãos envolverem-se na política.
O Papa Francisco encontrou-se esta sexta-feira com centenas de alunos de colégios jesuítas. Em vez de ler um discurso preparado, o que seria "demasiado aborrecido", Francisco voltou a romper com o protocolo e preferiu uma sessão livre de perguntas e respostas.
Questionado sobre a razão pela qual não foi viver para a residência papal, Francisco invocou "razões psiquiátricas". Na afirmação, feita num registo de humor, o Papa explicou que detesta viver sozinho e que gosta de estar no meio da acção.
Em resposta a outro assunto, Francisco disse que era o dever de todos os cristãos envolverem-se na política, considerando que esta é uma forma de caridade, uma vez que procura o bem comum. Se actualmente a política é "suja", continuou o Papa, talvez a culpa seja dos cristãos que não fazem o suficiente. "É muito fácil culpar os outros", referiu.
Outra área abordada foi a da educação, um campo em que os jesuítas estão muito envolvidos em todo o mundo. O Papa afirma que tanto professores como pais devem procurar um equilíbrio entre providenciar segurança e empurrar as crianças para fora das suas zonas de conforto. Ir longe de mais em qualquer um dos aspectos é mau.
Francisco voltou a falar da pobreza, um assunto a que tem voltado recorrentemente desde que foi eleito. A pobreza que existe no mundo "é um escândalo", afirmou, questionando como pode ser possível que haja pessoas a quem falta comida e educação quando existem tantos recursos e tanta riqueza no mundo.
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